Olá pessoal! Vamos conversar um pouquinho e responder essas perguntas?
Os lipídeos são biomoléculas
orgânicas insolúveis em água que fornecem ao corpo energia e mantém os
processos celulares vitais. Também desempenham funções como co-fatores
enzimáticos e mensageiros intracelulares, além de participar na manutenção da
parede vascular; nas respostas imunes e na absorção de vitaminas. Outro fator
que torna importante saber sobre o teor lipídico do alimento é a presença de
ácidos graxos poliinsaturados, principalmente os da família ômega-3.
Mas o que isso tem a ver com você
comer peixe “gordo”?

E o que faz esse ômega-3?
Estes ácidos graxos tem a capacidade de
reduzir os riscos de doenças coronarianas, além de serem atribuídos outros
efeitos antiinflamatórios e imunológicos. Estes efeitos são resultado do fato
de que estes ácidos possuem a capacidade de reduzir o teor de lipídeos séricos,
levando a sua conversão a compostos chamados eicosanóides (substância parecida
com hormônio), que apresenta ação direta sobre a fisiologia do cardiovascular.

Por fim, nota-se que os ácidos
graxos poliinsaturados presentes nos lipídios de peixes podem reduzir
efetivamente o teor de lipídeos no plasma sanguíneo. Entretanto, não se sabe
ainda quais as quantidades que devem ser ingeridas para produzir os efeitos
desejados. Segundo estudos epidemiológicos realizados no Japão e na Groelândia,
o consumo aproximando de 30 g de óleo de pescados por dia pode ser o suficiente
para causar efeitos benéficos ao organismo humano, principalmente em moléstias
cardíacas.
É isso aí, pessoal! Espero que tenham gostado e até a próxima!
Referências: Propriedades Funcionais das Proteínas dos Peixes; Food Ingredients Brasil, n° 8, 2009.
Grupo D
ResponderExcluirMuito bom saber dessas informações, agora vou passar a comer mais peixes!!! A Sardinha, possui em uma porção de 100g em média de 3,3g de ômega-3; o Arenque, possui em uma porção de 100g uma média de 1,6g de ômega-3; o Salmão em 100g possui 1,4g de ômega-3; Atum em 100g possui 0,5g. Vale ressaltar que a sardinha é um peixe barato e que possuir uma maior concentração ômega-3, então valos lá galera, comer mais sardinha porque é um alimento “BB” “Bom e Barato”...hehehe.
Opa, muito bom ver o ômega 3 que citamos no nosso comentário na primeira postagem de vcs sendo discutido aqui no blog! Queria citar que o ômega 3 possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois, como relatado na postagem, são necessários para a formação das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos. Podemos encontrá-lo nas nozes, castanhas, peixes especialmente de águas frias, rúcula e nos óleos vegetais, como azeite, canola, soja e milho, portanto, quem não gosta de peixe ainda pode ter os benefícios desse composto comendo outras coisas :D e o ômega 6 é encontrado em óleos de sementes como óleo de girassol e produtos feitos com esses óleos. Ah, também existe o ômega 9! Este pode ser sintetizado pelo organismo humano, mas desde que os compostos ômega 3 e ômega 6 já estejam presentes no organismo. Mas como nem tudo são flores... Nutricionistas dizem que o ideal é consumir mais ômega 3 do que ômega 6, pois o execesso deste pode causar, além de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer, também retenção de líquidos e aumento da pressão arterial.
ResponderExcluirEntão, vamos tentar não reclamar de peixe no cardápio do RU, ein? haha
Aguardando a próxima postagem :D
Interessante essa conversa sobre os ácidos graxos poliinsaturados. Mas é importante ressaltar... Os ácidos graxos das famílias n-6 e n-3 competem pelas enzimas envolvidas nas reações de dessaturação e alongamento da cadeia. Embora essas enzimas tenham maior afinidade pelos ácidos da família n-3, a conversão do ácido alfa-linolênico (18:3n-3, AAL) em AGPI-CL (ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa) é fortemente influenciada pelos níveis de ácido linoléico (18:2n-6, AL) na dieta. Assim, a razão entre a ingestão diária de alimentos fontes de ácidos graxos n-6 e n-3 assume grande importância na nutrição humana, resultando em várias recomendações que têm sido estabelecidas por autores e órgãos de saúde em diferentes países. A redução dessa razão, em torno de 4/1 (n-6/n-3), está relacionada com a diminuição da mortalidade de pacientes com doença cardiovasculares, de inflamações decorrentes de artrite reumatoide e de sintomas recorrentes de asma.
ResponderExcluirEstou esperando a próxima postagem ;)
GRUPO M:
ResponderExcluir“Quem não gosta de peixe bom sujeito não é...”, podemos começar nosso comentário fazendo esta pequena adaptação aos célebres versos de Dorival Caymmi. Com perdão do trocadilho, até esse ilustre representante da música brasileira havia de concordar que quem não gosta de peixe boa pessoa não é. O “Bom” aqui usamos no sentido de saudável, uma vez que este blog já nos provou inúmeras vezes os benefícios que a carne do peixe nos traz, e agora, mais uma vez, ressaltando o valor nutritivo do lipídeo que compõe o mesmo, reduzindo até os riscos de doenças coronárias, como dito na postagem. Além de todos os benefícios muito bem expostos ao longo do texto, gostaríamos de ressaltar também as funções estruturais, sendo o lipídeo um dos principais componentes das membranas celulares que são vitais para manter a integridade celular, forma, flexibilidade e permeabilidade; participam na manutenção da parede vascular e nas respostas imunes; absorção de vitaminas, uma vez que atuam como transportadores de vitaminas lipossolúveis, ajudando na sua absorção e palatabilidade, já que são os lipídeos que proporcionam aos alimentos sabor, odor e textura, além de darem a sensação de saciedade. Em relação ao Ômega 3, podemos afirmar, além dos benefícios já apresentados, que estudos realizados com base em intervenções de dietas comprovaram que o consumo do ácido graxo poli-insaturado também reduz riscos associados a artrite e ao câncer, podendo estar envolvido também na fertilidade humana. Por isso, pode-se dizer que só pelo fato de se gostar de peixe, as chances ser um bom e saudável sujeito já aumentam bastante, estão aí os japoneses, cuja base da alimentação são os peixes, que não nos deixa mentir haha :))
GRUPO I
ResponderExcluirÓtimo post! Interessante também um estudo realizado por um grupo de psiquiatras da Universidade de Viena indica que ácidos graxos poliinsaturados na alimentação podem reduzir o risco da esquizofrenia. Doença que afeta aproximadamente 1% da população. O distúrbio, em geral, surge pela primeira vez na adolescência, deflagrando sintomas como mania de perseguição e isolamento social. Os cientistas avaliaram 81 pessoas entre 13 e 25 anos que apresentavam leves sintomas psicóticos ou tinham predisposição familiar. Durante 12 semanas, 41 participantes ingeriram diariamente 1,2 g de óleo de peixe, substância que contém grande porcentagem de ômega-3. Os demais receberam placebo.
No ano seguinte, entre os participantes do grupo-controle 11 desenvolveram psicose completa e do outro, apenas 2 apresentaram a doença. Entre os que foram tratados com óleo de peixe, vários relataram sensível melhora nos sintomas. Os pesquisadores atribuem o efeito protetor dos ácidos graxos a alterações nas membranas das células neurais. E concluem que além de todos os benefícios o óleo de peixe não têm efeitos colaterais como os antipsicóticos, que frequentemente causam aumento de peso ou perda da libido, um problema principalmente para pacientes jovens.
Ótima postagem, pessoal! Achei muito legal vocês falares de alguns benefícios do ômega 3. Estudos mostram que a ingestão de ômega 3 na gestação favorece o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê e reduz a incidência de partos prematuros, sendo que o mecanismo para prolongamento da gestação (prevenindo partos prematuros) ainda não está muito esclarecido.
ResponderExcluirGrupo C
ResponderExcluirGostei tanto da postagem de vocês que resolvi me aprofundar mais sobre os benefícios do ômega- 3 (ácido linolênico). Encontrei em um artigo da Revista de Nutrição que além de colaborar com o bom funcionamento do coração e do cérebro, como foi enfatizado na postagem, em conjunto com o ácido linoleico (omega-6) também participam da transferência do oxigênio atmosférico para o plasma sangüíneo, da síntese da hemoglobina e da divisão celular, sendo denominados essenciais por não serem sintetizados pelo organismo.
Referência:MARTIN, Clayton Antunes et al . Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., Campinas , v. 19, n. 6, p. 761-770, dez. 2006 . Disponível em . acessos em 10 maio 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732006000600011.