terça-feira, 7 de abril de 2015

QUAL COMPOSIÇÃO PROTÉICA DO PESCADO E POR QUE SENTIMOS FOME MAIS RAPIDAMENTE AO COMER PEIXE DO QUE AO COMER CARNE VERMELHA?

          Olá, pessoal! Na nossa primeira postagem iremos conversar sobre a composição protéica do pescado e por que sentimos fome mais rapidamente ao ingerirmos peixe do que ao comer carne vermelha.
       Embora extremamente variável, a composição química da carne do pescado, particularmente dos peixes, aproxima-se bastante da composição de aves, bovinos e suínos. Seu principal componente é a água, cuja proporção, na parte comestível, pode variar de 64% a 90%, seguido pelas proteínas, de 8% a 23%,e pela gordura, de 0,5% a 25%. Entre os constituintes minoritários dos pescados encontram-se os sais minerais, cujo teor varia de 1% a 2%, os carboidratos, que no caso dos peixes não chegam a representar 1% da sua composição, e as substâncias nitrogenadas não protéicas, sem importância nutricional, que atingem 0,5% na carne dos peixes frescos.
           A carne de peixe apresenta a mesma proporção de proteínas que as carnes bovinas, suínas e de aves, porém de qualidade superior devido ao fato de conter menor teor de tecido conjuntivo - constituído de proteínas de baixa qualidade - do que as outras carnes. Dentro do aspecto da qualidade proteica do peixe, um estudo sobre suas implicações nutricionais determinou que os peixes contêm níveis de proteínas de 17 a 25%.

           Mas afinal, por que sentimos fome mais rapidamente ao comer peixe? A proteína de peixe é altamente digerível. Isso faz com que a sua metabolização seja mais rápida que as de carne vermelha. Por isso, sentimos fome em um intervalo de tempo menor. Assim, quando ingerimos peixe, sua proteína é absorvida mais facilmente e quase integralmente (95% a 100%), enquanto ao consumir outras carnes metabolismo é mais demorado e não ocorre em tal proporção.
      Vale ressaltar ainda que o peixe é rico em metionina e em lisina, aminoácidos essenciais, cuja ingestão na dieta é fundamental, pois não é produzido pelo organismo. A composição de aminoácidos essenciais (histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina) no peixe é completa, balanceada e bastante semelhante entre as espécies de água doce e água salgada. Quanto às proteínas da carne dos peixes, a miosina é rica em ácido glutâmico (22,5%), acido aspártico, lisina, leucina e isoleucina, que juntos perfazem aproximadamente 55% dos aminoácidos totais, podendo variar em função da espécie, tamanho, gênero, habitat e estação do ano, compreendendo, geralmente, cerca de 20% de proteína total.

         Por fim, no músculo dos mamíferos existem ligações cruzadas químicas, em vários grupos, dos colágenos fazendo com que seja necessário extenso cozimento para amaciar o músculo. Em contrapartida, o colágeno do músculo do peixe possui temperaturas de derretimento inferiores e é facilmente convertido em gelatina no cozimento.
Bom RU, galera!! \o/

  
Até a próxima! :(:

11 comentários:

  1. Achei que o tema massa, mas queria que tivessem mais peixes que nem o da foto no RU :(
    Além do que vocês falaram, o peixe também é a principal fonte de ômega 3, um tipo de gordura, também conhecido como ácido graxo essencial. Como vocês comentaram sobre a metionina e a lisina, o ômega 3 também não é produzido pelo organismo, embora traga muitos benefícios, principalmente para o coração e o sistema circulatório, como:
    • Atividade anti-inflamatória;
    • Atividade antitrombos (entupimento dos vasos sanguíneos);
    • Redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos e
    • Redução da pressão arterial.
    Além disso, para nós que estamos na labuta universitária, o ômega 3 traz benefícios para o humor, o aprendizado e para o sistema imunológico.
    Então #partiu peixe no RU!

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  2. GRUPO M: Muito legal essa postagem, já era fã de peixe, agora então... além da qualidade proteica da carne do peixe, que, como relatada na postagem, apresenta a mesma proporção de proteínas que as carnes bovinas, suínas e de aves, porém de qualidade superior devido ao fato de conter menor teor de tecido conjuntivo, vale ressaltar também a composição lipídica do peixe. Nele há a presença de ácidos graxos poliinsaturados, principalmente os de família ῳ3. O fornecimento de ácidos graxos ῳ-3 para a espécie humana depende da fonte alimentar, sendo importante conhecer quais são as fontes capazes de suprir essas necessidades, sendo uma das principais, os peixes e os óleos de peixe. Os óleos de peixes contém uma grande variedade de ácidos graxos, com 20 a 22 átomos de carbono, altamente insaturados. Esses ácidos graxos têm capacidade tem a capacidade de reduzir os riscos de doenças coronarianas, além de serem atribuídos outros efeitos imunológicos e antiinflamatórios. Estes efeitos são resultados do fato de que estes ácidos possuem a capacidade de reduzir o teor de lipídeos séricos, levando a sua conversão a compostos chamados eicosanoides, que apresentam ação direta sobre a fisiologia do sistema vascular. Além da redução das doenças coronarianas, outros efeitos são ainda atribuídos aos ácidos graxos da família ῳ-3 ou ῳ-6. Fica aí uma dica para a próxima postagem do blog :))

    Referência:
    Propriedades funcionais das proteinas do peixe. Food ingredientes Brasil. Nº 8, 2009, Brasil.

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  3. Muito interessante essa diferença do peixe pra carne vermelha...vale lembrar que o ômega 3, citado pelo grupo G, ajuda a reduzir os riscos de desenvolver diversas doenças, como: diabetes; acidente vascular cerebral (derrame); artrite reumatoide; asma; síndromes inflamatórias intestinais (colites); alguns tipos de câncer; declínio mental. Outros benefícios ainda não citados são: diminuir o estresse; combater a TPM; ajudar a emagrecer; manter os níveis de testosterona (influencia para um bom desenvolvimento muscular). Durante a gravidez é importante o aumento de sua ingestão para suprir as necessidades da mãe e do bebê. As espécies que apresentam a maior quantidade são Cavala, Arenque, Sardinha, Salmão, Atum e Bacalhau. Recomenda-se a ingestão de 2 porções de peixe na semana, sendo de preferência assados, grelhados ou cozidos, e não fritos, pois esse processo destrói o ômega 3. O uso de suplementação desse ácido graxo pode ser necessária caso a alimentação não seja suficiente, porém, é preciso ir ao nutricionista primeiro para saber se é a melhor saída.
    Assim, partiu peixe no RU sem reclamar :)

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  4. Grupo I
    Fala, galera! Muito boa a postagem.
    Olha só, dentre os possíveis benefícios da ingestão de uma ou duas porções de peixe por semana, que contêm cerca de 2 g de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, além dos já citados, estão a redução do risco de desenvolvimento de depressão e do Mal de Alzheimer. O consumo de pescado, particularmente de peixes gordurosos, uma ou duas vezes por semana é recomendado por serem ricos em EPA e DHA. Essa recomendação é especialmente importante para gestantes e para mulheres que planejam engravidar, pois o DHA participa da formação do cérebro e de outras partes do sistema nervoso, reduzindo o risco de um inadequado desenvolvimento neuronal nos bebês. Na infância e adolescência, o consumo de pescado tem influenciado positivamente os hábitos alimentares durante a fase adulta. Então, galera, depois de tantos benefícios, nada de reclamar do peixe no RU. Ruim com ele? Pior sem ;D

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  5. GRUPO K

    Excelente sua abordagem sobre a temática!!! Muito interessante a forma como foi abordado!!! Vale ressaltar a importância ao incentivo do consumo de frutos do mar por sua rica composição em iodo. O iodo é importante para o controle do metabolismo do indivíduo. É precursor dos hormônios T3 e T4, que são de suma importância no controle metabólica. A carência de iodo na alimentação pode acarretar uma baixa produção desses hormônios, levando a um caso de hipotireoidismo (Condição clínica que decorre da deficiência da produção de hormônios pela tireoide) .

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  6. Grupo D

    Essa postagem serve como um reforço, bem fundamentado, para que o peixe esteja mais presente no cardápio do brasileiro, não só dos que habitam a região litorânea, mas também das regiões mais centrais desse país que dispõem de uma imensa variedade de peixes de água doce e salgada.
    Como foi bem explicado nesse post o pescado é uma fonte proteica importante, tanto quantitativa, quanto qualitativamente, mas não é só isso. Ele é, em geral, uma boa fonte de vitaminas do complexo B, cujo conteúdo é comparável ao encontrado em carnes de mamíferos, e também de vitaminas A e D, no caso de peixes, como a sardinha, salmão e cavala, considerados mais gordurosos. Quanto aos minerais, a carne de pescado é fonte conhecida principalmente de cálcio e de fósforo, mas também de ferro, cobre e selênio, além de iodo, para os peixes de água salgada. É notável, nesse alimento, o relativo baixo teor de sódio, que o torna opção viável em dietas restritivas para este mineral.
    Motivos e mais motivos para incluir com mais frequência tal produto no seu prato!!!

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  7. GRUPO C
    O peixe é uma excelente fonte de proteínas completas, ferro e outros minerais, além de conter ácidos graxos ômega-3. Alguns tipos são ricos em vitamina A. O consumo de peixe três vezes por semana tem sido associado a uma diminuição significativa no desenvolvimento de doenças do coração. Resumindo: já chega de correr do RU em dias de peixe kkk
    Falando sério, todos os peixes são ricos em nutrientes, especificamente em vitaminas do complexo B que são solúveis em água.Mas como nem tudo são rosas,os peixes devem ser comprados com cuidado, pois podem estar contaminados por bifenilas policloradas (que inclusive foram banidas em diversos países, inclusive no Brasil, em 1991, devido aos seus prejuizos à saúde humana), mercúrio e outros contaminados.

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  8. Foi muito bem citado pelos colegas nos comentários a importância do ômega 3 na saúde geral e na gestação, mas é importante lembrar da importância desse ácido graxo na saúde do idoso: está associado a menor redução de rebaixamento cognitivo, porém não a memória, velocidade de processamento de informação e fluência da linguagem. Além disso, o ômega 3 auxilia prevenção e tratamento da perda de massa muscular e manutenção de massa óssea. Além disso, como o post bem fala, as proteínas do peixe são de fácil digestão, o que representa um ponto a mais no estímulo à ingestão de peixe pela população idosa. :)

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  9. Olá!Vou ser monitora do blog de vcs...o professor Osmar pediu pra ajuda-los com conteúdo, layout e outras coisas q vcs quiserem...entrem em contato comigo para a proxima publicação...
    Andressa medufpi82
    andressamarins1994@gmail.com
    8698501309

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  10. http://www.50emais.com.br/saude/estudo-comprova-quem-come-peixe-vive-mais/
    Ideia de postagem pra vocês...deem uma olhada

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  11. Outra:
    http://emedix.com.br/not/not2006/06abr04car-asbmb-aie-omega3.php

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